quarta-feira, 9 de junho de 2010

OPERAÇÃO CONJUNTA ENTRE PF E PRF APREENDE CARTÕES CLONADOS


Sabe-se da existência nos municípios de donos de lojas de imóveis, de bar, de botique e outros estabelecimentos comerciais que apreende o cartão bolsa família como garantia do negócio fechado. Mas vejam na reportagem abaixo o que está acontecendo com as pessoas que são fragadas.

Natal/RN - Uma operação conjunta e simultânea realizada pela Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) no último sábado, 24, nas estradas que cortam o Rio Grande do Norte, resultou em prisões e apreensões de cartões de crédito clonados, notebook, “chupa-cabra”, dinheiro, carro e ainda cartões dos Programas Bolsa Família e Pró-Jovem. Por volta das 22h, na BR 304, proximidades do município de Assu, distante cerca de 200 km de Natal, os policiais fizeram a abordagem de um universitário de 23 anos e uma comerciante de 31, ambos cearenses, que ocupavam uma pajero sport, blindada, com placa de Fortaleza. Quando a revista do veículo, o motorista tentou intimidar os agentes dizendo ser “filho de um Coronel da PM”.

No interior do carro do casal foram encontrados cerca de 100 cartões de créditos em nome de terceiros e vasto material utilizado em fraudes contra o sistema bancário.

Presos em flagrante e levados para autuação na Delegacia da PF em Mossoró, a comerciante, que já possui antecedentes por furto, formação de quadrilha e estelionato e é suplente da câmara municipal de uma cidade no interior cearense, invocou o direito constitucional de permanecer calada e só se manifestar em juízo, enquanto que o estudante confessou que ambos voltavam de Recife/PE, onde haviam realizados vários saques. Durante a viagem, pernoitaram em Natal e no deslocamento para Fortaleza, pararam em Assu onde também efetuaram novas fraudes em caixas eletrônicos.

Ainda na BR 101, no município de Goianinha, os policiais detiveram um comerciante de 26 anos que estava de posse de dez cartões do Programa Bolsa Família e três, do Pró-Jovem.
Levado para a Superintendência da PF em Natal, durante o seu interrogatório alegou que os cartões encontrados no porta-luvas do seu carro iam ser devolvidos aos verdadeiros donos para recadastramento e que haviam sido colocados naquele local pelo seu genitor, o qual possui uma loja de móveis numa cidade daquela região e que, com medo de levar calote recebia os cartões como “garantia”, mas negou que para isso fizesse qualquer tipo de exigência, pois “eram os próprios clientes que os ofereciam quando desejavam adquirir algum produto”, concluiu.

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